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19 de Abril de 2024
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    Acessibilidade e Mobilidade

    As dificuldades que pedestres, ciclistas e deficientes físicos vivenciam ao exercer o direito de ir e vir em Goiânia foram o foco de audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 13, no Auditório Solon Amaral da Assembleia Legislativa. Proposto pelo deputado Francisco Júnior (PSD), o debate teve como tema "Acessibilidade e Mobilidade: O Acesso de Todos à Vida Coletiva". O parlamentar presidiu a mesa do evento que foi composta também pelo representante da Secretaria de Estado das Cidades, Antenor Pinheiro; e pelo diretor de trânsito da Agência Municipal de Trânsito (AMT), Miguel Carlos. Participaram ainda da mesa de debates, o representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/GO), engenheiro Augusto Fernandes; e o representante da Associação dos Deficientes Visuais de Goiás, Romeu Fernandes, no ato representando também as demais associações presentes. Segundo Francisco Junior, a audiência teve dois objetivos principais. O primeiro foi expor as diversas visões dos participantes acerca da acessibilidade e mobilidade em Goiânia, de acordo com a necessidade de todos; e o segundo foi ouvir, a partir das exposições, as ideias de sugestões e reconhecer as dificuldades enfrentadas para que essas ideias sejam implementadas. "Dessa forma, será possível definir a forma de contribuição do Poder Legislativo para a consolidação da acessibilidade e mobilidade na região, visando a qualidade de vida", afirmou o parlamentar. Francisco Júnior destacou que é preciso criar uma cultura de conscientização e colocar as pessoas de frente com as autoridades que têm a obrigação de promover a acessibilidade e mobilidade. Acima da discussão, estamos debatendo a qualidade de vida para todas as pessoas que usam do direito de ir e vir na metrópole goiana, disse. Segundo o representante da Secretaria de Estado das Cidades, o Brasil vive uma realidade baseada em um modelo de transporte individual e motorizado e que os recursos são em sua grande maioria destinados à política de transportes individuais. Menos de 5% são direcionados a políticas de transporte coletivo e mobilidade sustentável. De acordo com Antenor, é preciso a participação popular pressionando os governos para a importância do tema. Existem várias disposições e regulamentações em defesa da acessibilidade e da mobilidade, porém não há interesse em colocá-las em prática. As calçadas, por exemplo, devem ser responsabilidade do gestor público, assim como lhe é cobrado uma boa condição das vias de transporte motorizado. O diretor de trânsito da AMT, reforçou as dificuldades para transitar nas calçadas de Goiânia. Falta atitude dos comerciantes, que deixam muitos objetos nas calçadas, e não existe respeito por parte dos motociclistas, tendo em vista que agora os pedestres são atropelados até mesmo nas calçadas. A cidade cresce, a população aumenta e a frota de veículos também, portanto, cabe a nós inverter essa lógica e rever esse modelo de vida urbana. Temos que lembrar que somos todos pedestres e que é preciso acontecer uma mudança de comportamento, explicou Miguel Carlos. Para o representante da Associação dos Deficientes Visuais de Goiás, nem mesmo o Poder Público, que deveria garantir a segurança da população, respeita a questão da mobilidade e da acessibilidade. Por várias vezes já me deparei com carro da Polícia Militar estacionado sobre a calçada ou sobre faixa de pedestre, impedindo que o pedestre siga com segurança o seu caminho. Já o representante do Crea/GO, ressaltou a importância de que cada um possa tomar uma iniciativa no caminho de um uso melhor do ambiente e seus recursos. Se cada pessoa mudar em um mínimo detalhe aquilo que já está acomodado a fazer, e que vem causando todo o transtorno que hoje vivemos na cidade, teremos uma considerável melhoria. O representante do grupo Pedal Goiano, Eduardo da Costa Silva, também participou da audiência. Para ele, um dos principais motivos de fomentar o uso da bicicleta é o de seus benefícios para o meio ambiente. E isto vai além da questão da redução das emissões dos veículos automotores. Tem também a questão do menor uso do solo, tanto para a circulação na via pública quanto também para os estacionamentos públicos, privados e residenciais. Além disso, existe ainda o fato de que locomover-se de bicicleta em Goiânia é comprovadamente mais rápido do que de carro. Ao final do encontro os representantes da mesa esclareceram as questões levantadas e o deputado Francisco Júnior anunciou a criação de uma frente parlamentar, com no mínimo 10 deputados, para promover uma discussão pontual e atuar na cobrança para que os direitos sejam respeitados.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/acessibilidade-e-mobilidade/3149383

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